quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Poesia para Otelo e Desdêmona

Otelo, porque matastes Desdêmona, tua doce amada?
Jovem Desdêmona, nem tu, nem eu, nem ninguém poderia pensar
Que Otelo, meu amigo, possuído de uma alma enciumada
Contra ti avançaria para tua vida ceifar.

Otelo, eras um fanfarrão e, quando querias, sabias ser desdenhador.
Mas não pensávamos nós, teus amigos, que eras capaz
Capaz de assassinar e de se assassinar. Que dor.
Porque tiraste nossa alegria, nossa paz?

Morrestes achando que amava.
Matastes pensando que era amor.
Dominado pelo egoísmo da paixão,
nos fez ver que não te conhecíamos como deveríamos
e, por tua atitude, demonstrou que não conhecias o amor.

Descansem em paz.