quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Boris Casoy: o homem, o preconceito e o lixo.

"Que merda: dois lixeiros desejando felicidades... do alto de suas vassouras... dois lixeiros... o mais baixo da escala do trabalho..."  (Boris Casoy)

Antes de postar sobre o assunto, fiquei pensando alguns dias sobre as palavras preconceituosas de Boris Casoy sobre os garis. No Youtube, em vídeos que exibiam seu ato de discriminação, havia comentários de internautas totalmente revoltados. Também fiquei revoltado. Mas antes de esbravejar aqui, neste blog, decidi pesquisar sobre a história deste homem e, pesquisando, fiquei perplexo com sua falta de "senso de humanidade". Vejam porque:

Boris Casoy, junto com sua irmã gêmea, tiveram poliomelite. Esta doença os deixou com sequelas físicas. Boris, por exemplo, não andava até os nove anos de idade. Devido a doença, ele e a irmã sofreram com o preconceito das pessoas. Mas Bóris venceu, tornou-se um profissional reconhecido. Lutou. Profissionalmente, venceu.

Todavia, acredito que humanamente ele ainda não tenha vencido. Nem sei se ele lutou para ser uma pessoa melhor.

Sendo vítima do preconceito, Boris Casoy deve ter guardado muito ressentimento dentro do coração. Sabe aquelas histórias bonitas onde as pessoas conseguem guardar o preconceito dentro do coração e transformá-lo em amor, em uma bela história de vida? Pois bem, parece que isto não aconteceu com o Casoy.

Pelo seu jeito de se posicionar, Boris Casoy deve ter guardado no coração por muitos anos todo o preconceito que recebeu. Ficou ruminando o preconceito dentro de si, tornando o seu ressentimento com as pessoas o mais fétido e podre possível. Agora, quando se sente vitorioso sobre a vida, vomita todo o seu ressentimento na forma de preconceito.

Boris Casoy precisa tornar-se um gari do próprio coração, pois somente assim ele poderá dar fim ao lixo do preconceito. Lixo este guardado por décadas, desde quando ele era um menininho vítima de preconceito.

Que este jornalista possa fazer uma limpeza completa do coração. Afinal, fazer isto não é uma vergonha.