Hoje presenciei uma cena muito bonita: a comemoração de um casal que chegou aos 50 anos de matrimônio. E isto me fez pensar sobre muitas coisas.
A nossa sociedade tem aversão ao compromisso e, dentre os compromissos, aversão ao matrimônio. As pessoas olham para o casamento como se ele fosse uma prisão e não uma realização. Vitimadas pelo egoísmo, as pessoas esquecem o dom que é o outro e a alegria de estar com o outro.
Estou em vias de casar-me e percebo o risco que é perder os gestos de amor para com a pessoa amada. Por que esquecer-se do olhar que nos prendeu, do sorriso que nos cativou e de nossa respiração acelerada somente em ouvir o nome de nosso amor? Como somos capazes de esquecer-nos dos passeios de mãos dadas, dos sorvetes tomados nas tardes quentes e do abraço no momento que precisávamos de carinho?
Aos poucos, vamos correndo o risco de lembrarmos mais da "cara feia" do outro, ao invés de lembrarmos de seu sorriso. Devagar e perigosamente vamos fazendo cada vez mais "cara feia" e, consequentemente, vamos sorrindo menos. Acabamos nos tornando um "limão" para a pessoa amada.
O amor não envelhece, mas pode morrer se com ele formos desleixados.
Amar. Sorrir. Suportar. Abraçar. Chorar. Gargalhar. Divertir-se. Perdoar. Juntos caminhar. Comemorar. Firme manter-se. Considerar. Reconsiderar. Sempre e sempre amar.
O amor passa pelo caminho das rosas e dos espinhos: depois de anos ele está rasgado, mas perfumado. Sangrado, porém, Sagrado.
Que eu, junto ao meu grande amor, possa um dia lá chegar, olhar para os 50 anos que se passaram e junto a ela poder dizer: "Chegamos e juntos estamos. Amém. Assim é!"
O amor não envelhece!
domingo, 11 de outubro de 2009
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