quinta-feira, 11 de março de 2010

Quando eu me for.

Depois de um tempo sem escrever pela correria do trabalho e da faculdade, eis que volto a escrever.

Minha esposa queria que eu fosse dormir, que aproveitasse o tempo para descansar. "Artigo para o blog você pode fazer no sábado!" - disse ela.

Mas eu não resisti. Quem me garante que eu chegarei ao sábado? E se eu me for?

Por isso, resolvi não passar a vontade de escrever. Vontade de escrever para para mim é igual fome: é o tipo de coisa que tem que ser resolvida logo.

Então, vamos ao texto.


Quando eu me for, quero deixar meu exemplo como herança
e a minha Fé como testamento.
Eu irei desta vida, mas não quero sair da lembrança
de quem, comigo, soube aproveitar o momento.


Quando eu me for, os amigos podem chorar.
É justo, pois pela perda deles eu desabaria em prantos também,
pedindo a Deus consolo para o coração, eu começaria a orar
numa oração tão longa, sem previsão de chegar no "Amém".


Quando eu me for, quero ir para aguardar a chegada daquela que é meu amor.
Já não seremos marido e mulher, mas seremos como anjos do Céu.
A Deus cantaremos um eterno louvor.


Quando eu me for, quero estar com as contas morais em dia.
Quero poder fazer um último verso sem me importar com a rima
e partir sabendo que a vida é a encenação de uma grande poesia.