terça-feira, 22 de setembro de 2009

Texto sem molho...

Um grande amigo olhou para os textos deste blog e disse: "Você escreve bem, mas falta... como eu posso dizer... falta um molho!"

Fiquei totalmente inquieto.

Recordei-me de meu pai.

Desculpe-me, meu caro pai, mas quando meu amigo disse que os meus textos eram "sem molho", lembrei-me daquele macarrão branquelo que o senhor faz quando a mãe viaja: o macarrão é feito nas melhores das intenções, é bom para matar a fome, mas não tem gosto, já que não tem o molho para dar gosto.

Pois é: produzo textos bons, porém insossos. Os meus textos tentam reproduzir a minha objetividade e a minha subjetividade. Meu Deus: eu sou insosso? Não dou sabor à vida das pessoas?

Da mesma forma que a minha aparência não é o meu "eu", também os meus textos não representam quem sou na totalidade.

Sendo assim, o texto é uma deformação de meus pensamentos, pois não tenho a elegância do Machado de Assis ou o raciocínio e a disciplina de Kant, mas sei que tenho inúmeras na cabeça. Por isso, aperfeiçoar-se é preciso e para isso a crítica é fundamental.

Obrigado, grande amigo Luciano, por avisar a este gourmet de textos que a refeição está sem molho. Só assim os meus "pratos" podem ter mais sabor.