quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A "utilidade" dos poetas.

A poesia, assim como a filosofia, não tem uma utilidade, mas sim uma função.

Deparei-me com um aforismo de Friedrich Nietzsche, na obra "Humano, demasiado Humano". E neste aforismo (de número 148) Nietzsche deu o seu parecer sobre a função dos poetas e, consequentemente, da poesia:


"Os poetas tornando a vida mais leve.
Na medida em que também querem aliviar a vida dos homens, os poetas desviam o olhar do árduo presente ou, com uma luz que fazem irradiar do passado, proporcionam novas cores ao presente. Para poderem fazer isso, eles próprios devem ser, em alguns aspectos, seres voltados para trás: de modo que possamos usá-los como pontes para tempos e representações longínquas, para religiões e culturas agonizantes ou extintas. Na realidade, são sempre e necessariamente epígonos. Certamente há coisas desfavoráveis a dizer sobre os seus meios de aliviar a vida: eles acalmam  e curam apenas provisoriamente, apenas no instante; e até mesmo impedem que os homens trabalhem por uma real melhoria de suas condições, ao suprimir e purgar paliativamente a paixão dos insatisfeitos, dos que impelem à ação."

Discordo deste parecer de Nietzsche sobre a função da Poesia. Na próxima postagem explico porque.

Mas... e você? Concorda com o parecer dado acima?