terça-feira, 12 de outubro de 2010

Senhora Aparecida

Para quem tem Fé é mais bonito, com certeza.
Mas mesmo para quem olha pelo lado da arte, é uma beleza.

Não arrancarei do coração a Fé que tenho para que você possa prová-la,
sentir o seu sabor.
Mas farei com que você olhe a beleza de se expressar a esperança de um povo,
em uma Jovem de Negra Cor.

No olhar do ancião, na simplicidade da criança.
Quem imaginou que na rede de três simples pescadores,
surgiria um sinal da Divina Esperança,
A imagem daquela que roga pelos pobres pecadores.

Fé de uma povo, fé de uma nação.
Fé que chama atenção,
Importante para quem é Católico Cristão.
É algo lindo para quem crê, e belo para quem não.

Nesta Fé você acredita? Se não... passar bem. Desejo-te o bem.
Se acreditas, digo-te: eu também.
Amém.

Ser além?

Há muitos momentos em que sou pouco de mim mesmo.
Não que menos eu faça, mas não que mais eu seja.
Mas poderia deixar o meu ser agir mais no meu fazer.

Ah, se eu fosse tudo aquilo que eu aspiro ser.
Mas este é o problema.
Eis que de novo estou aqui a querer que toda a potência do meu existir se transforme em ato, que o ideal se transforme em real.
A vida corre... e escorre como grãos de areia passando por entre os dedos e talvez o segredo não seja apertar a própria vida, exigindo-se demais dela pois, assim como a areia, quanto mais a apertamos para tentar segurá-la, com mais força ela escapa entre os nossos dedos.

Ah, se eu não fosse tão idealista, pois vejo que o ideal faz o real parecer sem cor e sem sabor.

Como seria ideal escrever mais... mas só porque não consigo escrever mais é que será insosso o pouco que escrevo?

Aliás, quem colocou métrica para a vida? Quem estabeleceu a régua para medirmos se nossa vida está valendo a pena? É vida! Por isso já vale a pena.

Na preocupação de fazermos mais e de ser além, corremos o risco de passar por esta vida simplesmente sem ser. Simplesmente ser e não somente estar. E que beleza há nisso.