Há muitos momentos em que sou pouco de mim mesmo.
Não que menos eu faça, mas não que mais eu seja.
Mas poderia deixar o meu ser agir mais no meu fazer.
Ah, se eu fosse tudo aquilo que eu aspiro ser.
Mas este é o problema.
Eis que de novo estou aqui a querer que toda a potência do meu existir se transforme em ato, que o ideal se transforme em real.
A vida corre... e escorre como grãos de areia passando por entre os dedos e talvez o segredo não seja apertar a própria vida, exigindo-se demais dela pois, assim como a areia, quanto mais a apertamos para tentar segurá-la, com mais força ela escapa entre os nossos dedos.
Ah, se eu não fosse tão idealista, pois vejo que o ideal faz o real parecer sem cor e sem sabor.
Como seria ideal escrever mais... mas só porque não consigo escrever mais é que será insosso o pouco que escrevo?
Aliás, quem colocou métrica para a vida? Quem estabeleceu a régua para medirmos se nossa vida está valendo a pena? É vida! Por isso já vale a pena.
Na preocupação de fazermos mais e de ser além, corremos o risco de passar por esta vida simplesmente sem ser. Simplesmente ser e não somente estar. E que beleza há nisso.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
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