domingo, 8 de julho de 2012

Movimentos, Ideologias e meu parecer.

Isto não é um tratado, mas apenas um breve parecer de minha relação com os diversos movimentos que estão presentes na Igreja. Quando tiver tempo, faço algo que seja mais elaborado e que siga a metodologia científica.

Em minha caminhada como cristão católico, já enxerguei através da lente de diversos movimentos e grupos que estão na Igreja: já participei de uma semana de espiritualidade com os Focolares, já cantei "Aleluias" com a Renovação Carísmática Católica, já participei do DNJ (Dia Nacional da Juventude) organizado pela Pastoral da Juventude e, nesta época, usava um anel de tucum; já participei da Eucaristia com membros do Neo-catecumenato; mais recentemente, já pensei que a Santa Missa deveria ser celebrada somente em latim e em "chegar com os dois pés no peito" de quem não crê e dizer: "Se converta, seu infiel!"

Não sem o olhar da crítica, penso que hoje eu esteja mais resiliente da forma como encarar os diversos movimentos e grupos, sempre buscando separar o que é fruto do Espírito Santo daquilo que seja um grave erro. Vamos refletir:

A Teologia da Libertação lembra que todos os membros da Igreja tem que lembrar que própria Igreja tem a opção preferencial pelos pobres; todavia, não se pode esquecer que Jesus veio para todos, ricos e pobres. A Teologia da Libertação frequentemente se esquece disso ao deixar o pensamento marxista que nela se infiltrou acabe por demonizar os ricos e colocar o pobre como salvação.

A Renovação Carismática Católica (RCC) evidencia a abertura aos carismas do Espírito, que os filhos da Igreja são chamados constantemente a serem dóceis da ação do Paráclito, do Defensor; contudo, não é raro ver membros da RCC compactuarem com ideias protestantes e a terem comportamento e linguagem protestantizantes e, ainda, há a má utilização de termos teológicos ao chamarem de "dom de línguas' o que é o "dom de glossolalia", ao de denominarem "batismo" no Espírito Santo àquilo que deveria ser denominada "efusão".

O Neo-catecumenato reforça a importância da catequese contínua, de se viver em comunidade, mas peca por se isolar do restante da Igreja e por muitas vezes faltar com o zelo para como Santíssimo Sacramento do Altar.

O Movimentos dos Focolares difundem que se deve amar sem medida, que se deve sorrir, que se deve dialogar e, em virtude disso, acaba fomentando um um ecumenismo nocivo, onde se equipara a nossa Fé a todas as outras religiões. Afinal, se todas as religiões são boas, por que anunciar o Evangelho?

O Tradicionalismo não nos deixa cair no relativismo, reforça a importância de ouvirmos a voz do Santo Padre, o Papa, entre uma série de outras admoestações benéficas; todavia, nos traz o risco de nos "travar" no período da Cristandade em uma época diferente, com desafios diferentes da época da Cristandade. Temos o risco ainda de querer converter as pessoas na marra, sem diálogo.

É devido a isto que não pertenço a nenhum movimento, respeito a todos naquilo que contribuem para a vida dos fiéis em Cristo e aponto e me afasto daquilo que a minha consciência e as orientações da Santa Igreja apontam como heresia. Afinal, se você leitor notar, no início da postagem não falei dos "movimentos da Igreja", mas sim dos "movimentos que estão na Igreja". Os movimentos, as ideologias, os egos... tudo isto passa e a Igreja é maior do que tudo isto, pois ela é o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Glória a Deus, pelos séculos dos séculos. Amém.