"Amor" Não Correspondido.

Você olha para a pessoa e é como se o seu coração fosse lançado ao centro do Sol.

Parece que você precisa frequentar um fonoaudiólogo, pois as palavras já não saem articuladas.

Sensação de borboletas no estômago e baixa auto-estima. Você tem a impressão de ser um lixo.

E para a outra pessoa você não passa de mais um entre os bilhões de seres humanos. Você sente-se contemplado como uma fria parede cinza.

Convenhamos: uma coisa destas não pode ser amor. Podem chamar de desejo, paixão, mas não amor.

O amor se dá na reciprocidade, na correspondência, na troca de sucessos e fracassos, dores e alegrias. Sim, o amor está no cativar-se mutuamente. E como diria Saint-Exupéry em sua obra "O Pequeno Príncipe" nos tornamos responsáveis por aquilo que cativamos. Então, o amor se dá na responsabilidade para como outro. Amar é, sobretudo, um gesto de responsabilidade.

Então, não adianta sofrer por um "amor" não correspondido, pois nem amor isto é.

Coisas boas!

Vou arriscar, amar, viver!
Estou voltando a escrever.

Quando se ama se faz e não fazer torna-se morrer.
Não importa se há rima, se há crítica ou contradição:
Se eu não escrever, não me sinto eu e fico sem noção.

A falta de tempo: desculpa maldita para não fazer o que amamos.
Se amássemos algo ou alguém de fato, o risco e a dor valeriam a pena. Tudo valeria.

Eis-me aqui: vivo e fazendo uma das coisas que mais me animam a viver: escrever.