Não sei se você já passou por esta desagradável situação. Você lê, cerca-se de informações e, ao invés de culto, sente-se burro.
Nos últimos tempos, um de meus medos é de pegar um livro e, ao terminar a leitura, perceber aumentar a sombra da minha ignorância. Confesso que, por vezes, até desisto de pegar um título que sei que me fará entrar por caminhos do pensamento que ainda não foram desvendados e, junto a outros leitores perdidos por estas veredas, entrar em crise de inteligência.
O meu medo é de entrar na análise, decompor todas as partes e não conseguir juntar os "cacos" para poder formar a síntese. Acredito que muitas pessoas ficaram "doidas de pedra" por não conseguirem fazer a síntese de seus pensamentos.
O outro medo é de, uma vez formada a síntese, não aguentar o "tranco" do conhecimento. Ora, podemos pensar:
Há dois tipos de filósofos: os que fizeram a síntese e que hoje dão suas aulas nas universidades; e há os que fizeram somente a análise e hoje ficam perdidos em devaneios em uma vida de pedintes.
Ou, pode ser assim:
Há dois tipos de filósofos: os que fizeram a análise, não conseguiram formular a síntese e hoje ficam perdidos em devaneios nas aulas que dão nas universidades; e há os que chegaram a síntese, viram que nada fazia sentido mesmo e, por isso, hoje levam uma vida de pedintes.
Bom, acredito que neste feriado eu tenho o direito de colocar um bom filme, enfiar-me debaixo das cobertas, fazer uma pipoca e curtir este dia em casa. Uma "paradinha" em questões eruditas, neste momento, me parece algo inteligente de se fazer.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
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