Hoje, conversando com um colega, falávamos sobre aspectos gerais da obra de Nietzsche.
Conversamos sobre os seguintes conceitos: animalidade, desumanização pelas regras, instinto e etc.
Fiquei a pensar: quantas vezes não temos o desejo de darmos um soco bem servido em alguém, e aí falamos (ou pensamos): "Ah, se eu pudesse daria um soco!"
A verdade é que podemos dar este soco e, se tivéssemos motivação o suficiente para isso, o faríamos. Mas esta situação traria uma série de conseqüências para a nossa vida pautada em regras. Experimente dar um soco em alguém somente para libertar a sua animalidade... e saiba que você poderá responder por lesão corporal (Art. 129 do Código Penal), e sofrer uma detenção de 3 meses a um ano.
Será que o prazer de acertar um rostinho falso com um belo direto de direita vale o sacrifício da detenção? Tenho minhas dúvidas.
Por isso, vale à pena pensar se o nosso estado "feral" deve ser novamente colocado à solta. Se todos se dispusessem a isso, a sociedade, tal qual como a conhecemos, desapareceria.
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Eu saí do campus da FATEC de Carapicuíba tendo em mente o que descrevi anteriormente quando, repentinamente, olho uma barata que caminhava bem próxima aos meus pés. Instintivamente pensei em esmagá-la. Pode parecer insano (talvez até seja insano), mas meus pés não se moveram e eu pensei: "Barata, te concedo mais um dia de vida! Como tu não fizestes o mal a mim, permanecerás existindo!"
Senti-me bom, misericordioso. Antes de começar a rir do sentimento que atravessou minha alma, confesso: orgulhei-me por permitir a vida, por ser um dos seres humanos mais honrados.
Voltanto no tempo: "Ah, se eu pudesse daria-me um soco!". E o problema é que eu posso.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
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