A poesia, assim como a filosofia, não tem uma utilidade, mas sim uma função.
Deparei-me com um aforismo de Friedrich Nietzsche, na obra "Humano, demasiado Humano". E neste aforismo (de número 148) Nietzsche deu o seu parecer sobre a função dos poetas e, consequentemente, da poesia:
"Os poetas tornando a vida mais leve.
Na medida em que também querem aliviar a vida dos homens, os poetas desviam o olhar do árduo presente ou, com uma luz que fazem irradiar do passado, proporcionam novas cores ao presente. Para poderem fazer isso, eles próprios devem ser, em alguns aspectos, seres voltados para trás: de modo que possamos usá-los como pontes para tempos e representações longínquas, para religiões e culturas agonizantes ou extintas. Na realidade, são sempre e necessariamente epígonos. Certamente há coisas desfavoráveis a dizer sobre os seus meios de aliviar a vida: eles acalmam e curam apenas provisoriamente, apenas no instante; e até mesmo impedem que os homens trabalhem por uma real melhoria de suas condições, ao suprimir e purgar paliativamente a paixão dos insatisfeitos, dos que impelem à ação."
Discordo deste parecer de Nietzsche sobre a função da Poesia. Na próxima postagem explico porque.
Mas... e você? Concorda com o parecer dado acima?
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
A "utilidade" da Filosofia.
Quando alguém descobre o meu gosto pela Filosofia, é inevitável a pergunta: "para que serve a Filosofia"?
E, na resposta, já deixo a pessoa em um estado de choque, pois acredito que a Filosofia deve provocar este choque, esta inquietação. Digo: "a filosofia não serve para que você troque o pneu do carro, não serve para que você faça uma planilha com macros em Excel, não te ensina a fazer primeiros socorros em ninguém..."
A pessoa que fez a pergunta não me deixa nem terminar de elencar as coisas para as quais a Filosofia não serve e já conclui:
"Entendi! A Filosofia não tem utilidade alguma."
E eu respondo: "Bingo! É isso aí!"
"Então para que estudar isso?" - pergunta a pessoa que comigo dialoga.
Respondo de acordo com o que já foi afirmado por alguns filósofos: Embora a filosofia não tenha utilidade prática isto não significa que ela seja desprovida de função. Digo a pessoa que me questinou:
"A Filosofia não te ensina a trocar o pneu de um carro.
Mas será que os conhecimentos sobre borracharia te ajudariam a responder se é ético um borracheiro "riscar" um pneu do carro a pedido do cliente?
Se você quiser fazer uma planilha em Excel, não estude Filosofia para isto: faça um curso de Excel. Mas com o curso de Excel você sabe responder se é certo montar uma planilha para o controle do jogo do bicho?
Um homem está com um ferimento grave na cabeça, com o sangue esvaindo-se pelo chão. Você tem um kit de primeiros socorros e tem o curso para bem utilizá-lo. E aê? Você salva esta pessoa? Mesmo sabendo que o ferimento foi causado por um pai furioso que teve a filha violentada por aquele sujeito? É o curso de primeiros socorros que te dará bases morais para decidir sobre o que deve ou não ser feito?"
No diálogo comigo, a pessoa vai percebendo a nobre função da Filosofia, que para nada serve, mas que para tudo orienta.
Na próxima postagem tratarei da "utilidade" da Poesia.
E, na resposta, já deixo a pessoa em um estado de choque, pois acredito que a Filosofia deve provocar este choque, esta inquietação. Digo: "a filosofia não serve para que você troque o pneu do carro, não serve para que você faça uma planilha com macros em Excel, não te ensina a fazer primeiros socorros em ninguém..."
A pessoa que fez a pergunta não me deixa nem terminar de elencar as coisas para as quais a Filosofia não serve e já conclui:
"Entendi! A Filosofia não tem utilidade alguma."
E eu respondo: "Bingo! É isso aí!"
"Então para que estudar isso?" - pergunta a pessoa que comigo dialoga.
Respondo de acordo com o que já foi afirmado por alguns filósofos: Embora a filosofia não tenha utilidade prática isto não significa que ela seja desprovida de função. Digo a pessoa que me questinou:
"A Filosofia não te ensina a trocar o pneu de um carro.
Mas será que os conhecimentos sobre borracharia te ajudariam a responder se é ético um borracheiro "riscar" um pneu do carro a pedido do cliente?
Se você quiser fazer uma planilha em Excel, não estude Filosofia para isto: faça um curso de Excel. Mas com o curso de Excel você sabe responder se é certo montar uma planilha para o controle do jogo do bicho?
Um homem está com um ferimento grave na cabeça, com o sangue esvaindo-se pelo chão. Você tem um kit de primeiros socorros e tem o curso para bem utilizá-lo. E aê? Você salva esta pessoa? Mesmo sabendo que o ferimento foi causado por um pai furioso que teve a filha violentada por aquele sujeito? É o curso de primeiros socorros que te dará bases morais para decidir sobre o que deve ou não ser feito?"
No diálogo comigo, a pessoa vai percebendo a nobre função da Filosofia, que para nada serve, mas que para tudo orienta.
Na próxima postagem tratarei da "utilidade" da Poesia.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Sobre a amizade (02)
Vou percebendo que os amigos para sempre não são os amigos que estão comigo sempre, mas sim aqueles com quem convivi em momentos marcantes da vida e que, depois de anos sem vê-los, consigo abraçá-los pra valer quando os encontro na rua.
Sobre o sono (01)
Quanto mais sono eu tenho, mais eu durmo...
Quanto mais eu durmo, mais eu tenho sono...
O que acontecerá comigo? Dormirei de vez ou viverei sempre com sono?
Quanto mais eu durmo, mais eu tenho sono...
O que acontecerá comigo? Dormirei de vez ou viverei sempre com sono?
domingo, 22 de novembro de 2009
Sobre os pais (01)
Estava pensando: Se meus pais tivessem me tratado do jeito que eu os tratei durante a vida, eu já os teria expulsado de casa faz tempo. Claro!
Ou vocês acham que eu aguentaria pais respondões, desorganizados e desobedientes?
Graças a Deus que pai é pai e mãe é mãe.... rs.
Ou vocês acham que eu aguentaria pais respondões, desorganizados e desobedientes?
Graças a Deus que pai é pai e mãe é mãe.... rs.
Sobre a amizade (01)
Amigo é o camarada que, para tirar um sarro, você diz: "Você não será convidado para o meu casamento!"
E sem cerimônia ele responde: "Não adianta! Eu vou assim mesmo."
E sem cerimônia ele responde: "Não adianta! Eu vou assim mesmo."
Sobre o casamento (01)
Prestes a casar-me, vou percebendo que na festa haverá mais amigos dos meus pais e dos pais de minha noiva do que amigos meus, amigos dela e amigos nossos.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Vaidade X Amor
Na correria do dia-a-dia, acabei por deixar um pouco desleixado este meu "cantinho virtual", este lugar não-lugar, este espaço que não é medido em metros, mas em bits. E eis que, tendo encontrado tempo, estou aqui novamente para escrever, para ter um momento catarse.
Depois deste tempo considerável sem escrever eu poderia escrever sobre tantas coisas. Por exemplo: poderia discorrer sobre este caso polêmico e fútil da menina que permitiu-se hostilizar por usar um vestido curto na faculdade. Isto até deu-me a ideia de uma postagem, mas não gosto de escrever sobre um assunto que já me cansou os ouvidos e a paciência. Prefiro refletir e escrever o que experimentei, o que vivenciei. Então, mãos a obra.
Hoje uma amiga do trabalho recebeu uma cartinha de amor. Ela concedeu-me a carta para ler. Lendo a carta, eu percebi a admiração-amor-ilusão. O apaixonado estava declarando-se, mas demonstrando saber que jamais a teria, pois ela está em vias de casar-se com seu noivo.
O rapaz, na carta, demonstrava estar totalmente encantado: lembrava-se dos olhos, da maquiagem da roupa e do penteado de quando conheceu minha amiga. Ainda lembrava-se do dia e da hora em que a viu pela primeira vez. E descreveu todas as virtudes de minha colega de uma maneira que Machado de Assis aplaudiria de pé. Nunca vi a paixão fazer alguém escrever tão bem.
Minha caríssima amiga disse que iria jogar a carta fora para que esta não causasse problemas em seu relacionamento. Contudo, senti um certo pesar da parte dela em tomar esta decisão, não porque ela gostou do rapaz, mas sim porque jogar fora a carta era descartar um bocado de elogios e, junto com os elogios, um pouco da vaidade que os elogios alimentaram.
Ela teve que agir com amor para com o seu noivo, pois só assim ela poderia combater a própria vaidade. Neste caso, o amor venceu o duelo.
Depois deste tempo considerável sem escrever eu poderia escrever sobre tantas coisas. Por exemplo: poderia discorrer sobre este caso polêmico e fútil da menina que permitiu-se hostilizar por usar um vestido curto na faculdade. Isto até deu-me a ideia de uma postagem, mas não gosto de escrever sobre um assunto que já me cansou os ouvidos e a paciência. Prefiro refletir e escrever o que experimentei, o que vivenciei. Então, mãos a obra.
Hoje uma amiga do trabalho recebeu uma cartinha de amor. Ela concedeu-me a carta para ler. Lendo a carta, eu percebi a admiração-amor-ilusão. O apaixonado estava declarando-se, mas demonstrando saber que jamais a teria, pois ela está em vias de casar-se com seu noivo.
O rapaz, na carta, demonstrava estar totalmente encantado: lembrava-se dos olhos, da maquiagem da roupa e do penteado de quando conheceu minha amiga. Ainda lembrava-se do dia e da hora em que a viu pela primeira vez. E descreveu todas as virtudes de minha colega de uma maneira que Machado de Assis aplaudiria de pé. Nunca vi a paixão fazer alguém escrever tão bem.
Minha caríssima amiga disse que iria jogar a carta fora para que esta não causasse problemas em seu relacionamento. Contudo, senti um certo pesar da parte dela em tomar esta decisão, não porque ela gostou do rapaz, mas sim porque jogar fora a carta era descartar um bocado de elogios e, junto com os elogios, um pouco da vaidade que os elogios alimentaram.
Ela teve que agir com amor para com o seu noivo, pois só assim ela poderia combater a própria vaidade. Neste caso, o amor venceu o duelo.
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