quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Está acabando...

É o seguinte: o ano está acabando e, como este é o meu último post de 2009, gostaria de escrever algo bonito aqui. Gostaria, mas estou sem inspiração para escrever.

Estou inspirado para comer logo um punhado de coisas gostosas que minha mãe está fazendo... depois pular na casa da avó de minha noiva e comer mais... e depois ir ver a queima de fogos que haverá no bairro, desejar "Feliz Ano Novo" para parentes e amigos. Comer mais. Xingar meu irmão do meio que acabou de jogar em minhas costas uma bola vagabunda que ele ganhou ontem no Hopi Hare, tirando um pouco de minha concentração. O caçula a fazer a mesma coisa... com toda esta molecagem, ao invés de sentir que termino 2009, parece que termino 1999, mas sem o medo do mundo acabar com o ano 2000.

Valeu 2009. Você foi um ano Fantástico, Sensacional. Pena que você durou somente um ano, rs.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Cachorros no colo. Crianças na coleira.

Eu, sinceramente, estou em um estado de horror diante do comportamento humano.Vocês entenderão porquê.

Hoje, ao passar pelo Shopping Center Norte, vi um casal carregando um cachorrinho em seus braços, como se o cachorro fosse um"nenêm" recém-nascido. Uns 7 minutos depois vi uma mãe que, ao invés de levar o filho no colo, levava a criança por uma coleira (que invenção ridícula).

Em um mundo onde é normal um homem viver com outro homem...
Em um mundo onde o aborto é aceito...
Considerando que os homens se matam por bobagens...
Considerando um mundo onde evangélicos adulteram sem problemas e católicos que não creem na Eucaristia...

É, não é de estranhar: as crianças estão sendo substituídas por cachorros. E os pais, que não tem voz ativa nem sobre bebês, colocam nele coleiras e os deixam parecidos com um animal de estimação.

Deus, neste Natal me ajude a ainda ter esperança no ser humano.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Eu acredito em Papai Noel!

"Como o Papai Noel não existe se eu o vejo em toda a parte?"
(Frase produzida por minha cabeça que, por um breve momento, voltou para quando eu tinha 5 anos de idade. Tudo isto somente para ser capaz de formular esta pergunta).

Hoje pela manhã eu estava no ponto de ônibus e já tinha começado a cumprir a principal missão do dia: levar as alianças de noivado para serem polidas e restauradas em preparação ao meu casamento. Ao longe escutei sons se aproximando: sinos e buzinas.

No horizonte (da Avenida Inocêncio Seráfico) vejo ele, o Papai Noel. Não estava em um trenó com renas. Papai Noel estava sobre uma Hilux prateada e jogava balas para todos que estavam na calçada em meio às risadas de "hohoho" e os votos de "Feliz Natal!".

A mãe de uma criança olhou para mim e disse:
"Tadinha das criança. Elas ainda acredita em Papai Noel!"
Pensei comigo: "Claro que acreditam. Ele acabou de passar aqui jogando balas."

Papai Noel existe. Mas o verdadeiro Papai Noel, inspirado em São Nicolau, não mora na Lapônia. Ele mora nos corações dos homens e mulheres de bem, que nem sempre vestem roupas vermelhas, mas que usam de seu tempo e de seus recursos financeiros para poderem ajudar as pessoas nesta época tão bonita do ano.

Que Deus abençoe sempre os homens e as mulheres de boa vontade.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Poesias e Poetas: utilidades e funções.

Sempre fui averso ao verso,
Mas de um tempo pra cá houveram situações,
Situações que não consigo dizer em prosa.
Restam-me as rimas, as poesias e as canções.

"Qual a função da poesia?" perguntou um certo ateu.
"Responder amargo o que é doce?" me questionei.
Vou rimar, mas para isto tenho quebrar um preconceito: o meu.
Para quebrar o receio, resolvi não prosear: rimei.

A função da poesia é dizer o que a prosa ignora,
é traduzir a alegria, é animar o que chora.
A utilidade da poeta é fazer poesia,
é não ter chumbo para fazer ouro
e com as palavras fazer Alquimia.
Pois a poesia muda o estado da alma
assim como a Alquimia muda a propriedade dos metais.
A poesia inquieta, mas também acalma.
Ela não só faz isto: faz mais.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A "utilidade" dos poetas.

A poesia, assim como a filosofia, não tem uma utilidade, mas sim uma função.

Deparei-me com um aforismo de Friedrich Nietzsche, na obra "Humano, demasiado Humano". E neste aforismo (de número 148) Nietzsche deu o seu parecer sobre a função dos poetas e, consequentemente, da poesia:


"Os poetas tornando a vida mais leve.
Na medida em que também querem aliviar a vida dos homens, os poetas desviam o olhar do árduo presente ou, com uma luz que fazem irradiar do passado, proporcionam novas cores ao presente. Para poderem fazer isso, eles próprios devem ser, em alguns aspectos, seres voltados para trás: de modo que possamos usá-los como pontes para tempos e representações longínquas, para religiões e culturas agonizantes ou extintas. Na realidade, são sempre e necessariamente epígonos. Certamente há coisas desfavoráveis a dizer sobre os seus meios de aliviar a vida: eles acalmam  e curam apenas provisoriamente, apenas no instante; e até mesmo impedem que os homens trabalhem por uma real melhoria de suas condições, ao suprimir e purgar paliativamente a paixão dos insatisfeitos, dos que impelem à ação."

Discordo deste parecer de Nietzsche sobre a função da Poesia. Na próxima postagem explico porque.

Mas... e você? Concorda com o parecer dado acima?

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A "utilidade" da Filosofia.

Quando alguém descobre o meu gosto pela Filosofia, é inevitável a pergunta: "para que serve a Filosofia"?

E, na resposta, já deixo a pessoa em um estado de choque, pois acredito que a Filosofia deve provocar este choque, esta inquietação. Digo: "a filosofia não serve para que você troque o pneu do carro, não serve para que você faça uma planilha com macros em Excel, não te ensina a fazer primeiros socorros em ninguém..."

A pessoa que fez a pergunta não me deixa nem terminar de elencar as coisas para as quais a Filosofia não serve e já conclui:
"Entendi! A Filosofia não tem utilidade alguma."
E eu respondo: "Bingo! É isso aí!"
"Então para que estudar isso?" - pergunta a pessoa que comigo dialoga.

Respondo de acordo com o que já foi afirmado por alguns filósofos: Embora a filosofia não tenha utilidade prática isto não significa que ela seja desprovida de função. Digo a pessoa que me questinou:

"A Filosofia não te ensina a trocar o pneu de um carro.
Mas será que os conhecimentos sobre borracharia te ajudariam a responder se é ético um borracheiro "riscar" um pneu do carro a pedido do cliente?


Se você quiser fazer uma planilha em Excel, não estude Filosofia para isto: faça um curso de Excel. Mas com o curso de Excel você sabe responder se é certo montar uma planilha para o controle do jogo do bicho?


Um homem está com um ferimento grave na cabeça, com o sangue esvaindo-se pelo chão. Você tem um kit de primeiros socorros e tem o curso para bem utilizá-lo. E aê? Você salva esta pessoa? Mesmo sabendo que o ferimento foi causado por um pai furioso que teve a filha violentada por aquele sujeito? É o curso de primeiros socorros que te dará bases morais para decidir sobre o que deve ou não ser feito?"

No diálogo comigo, a pessoa vai percebendo a nobre função da Filosofia, que para nada serve, mas que para tudo orienta.

Na próxima postagem tratarei da "utilidade" da Poesia.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sobre a amizade (02)

Vou percebendo que os amigos para sempre não são os amigos que estão comigo sempre, mas sim aqueles com quem convivi em momentos marcantes da vida e que, depois de anos sem vê-los, consigo abraçá-los pra valer quando os encontro na rua.

Sobre o sono (01)

Quanto mais sono eu tenho, mais eu durmo...
Quanto mais eu durmo, mais eu tenho sono...

O que acontecerá comigo? Dormirei de vez ou viverei sempre com sono?

domingo, 22 de novembro de 2009

Sobre os pais (01)

Estava pensando: Se meus pais tivessem me tratado do jeito que eu os tratei durante a vida, eu já os teria expulsado de casa faz tempo. Claro!

Ou vocês acham que eu aguentaria pais respondões, desorganizados e desobedientes?


Graças a Deus que pai é pai e mãe é mãe.... rs.

Sobre a amizade (01)

Amigo é o camarada que, para tirar um sarro, você diz: "Você não será convidado para o meu casamento!"

E sem cerimônia ele responde: "Não adianta! Eu vou assim mesmo."

Sobre o casamento (01)

Prestes a casar-me, vou percebendo que na festa haverá mais amigos dos meus pais e dos pais de minha noiva do que amigos meus, amigos dela e amigos nossos.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Vaidade X Amor

Na correria do dia-a-dia, acabei por deixar um pouco desleixado este meu "cantinho virtual", este lugar não-lugar, este espaço que não é medido em metros, mas em bits. E eis que, tendo encontrado tempo, estou aqui novamente para escrever, para ter um momento catarse.

Depois deste tempo considerável sem escrever eu poderia escrever sobre tantas coisas. Por exemplo: poderia discorrer sobre este caso polêmico e fútil da menina que permitiu-se hostilizar por usar um vestido curto na faculdade. Isto até deu-me a ideia de uma postagem, mas não gosto de escrever sobre um assunto que já me cansou os ouvidos e a paciência. Prefiro refletir e escrever o que experimentei, o que vivenciei. Então, mãos a obra.

Hoje uma amiga do trabalho recebeu uma cartinha de amor. Ela concedeu-me a carta para ler. Lendo a carta, eu percebi a admiração-amor-ilusão. O apaixonado estava declarando-se, mas demonstrando saber que jamais a teria, pois ela está em vias de casar-se com seu noivo.

O rapaz, na carta, demonstrava estar totalmente encantado: lembrava-se dos olhos, da maquiagem da roupa e do penteado de quando conheceu minha amiga. Ainda lembrava-se do dia e da hora em que a viu pela primeira vez. E descreveu todas as virtudes de minha colega de uma maneira que Machado de Assis aplaudiria de pé. Nunca vi a paixão fazer  alguém escrever tão bem.

Minha caríssima amiga disse que iria jogar a carta fora para que esta não causasse problemas em seu relacionamento. Contudo, senti um certo pesar da parte dela em tomar esta decisão, não porque ela gostou do rapaz, mas sim porque jogar fora a carta era descartar um bocado de elogios e, junto com os elogios, um pouco da vaidade que os elogios alimentaram.

Ela teve que agir com amor para com o seu noivo, pois só assim ela poderia combater a própria vaidade. Neste caso, o amor venceu o duelo.

domingo, 25 de outubro de 2009

"Ronaldo!"

Às vezes eu penso: Tenho um cuidado danado para escrever postagens que façam os leitores pensar. O blog da Talita Prates é repleto de belos poemas de sua autoria. E ainda há muitas coisas boas para se ver na Internet.

E o que o povo gosta (e faz sucesso) é quando alguém diz: "Ronaldo!".

Eu ainda terei que desfilosofar muito para entender estas coisas.

Talvez, quando o menino gênio crescer, ele possa me ajudar a entender.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Um leve tilintar de sinos.

Estava conversando no aMSN (uso software livre) com alguns amigos, quando de repente ouço: "tlim". Pensei comigo: "Este barulho não me é estranho!"

Passou-se um tempinho e, com mesma intensidade ouço o som de "tlim".

Olhei para o calendário e constatei: falta pouco para o Natal. Ano passado, como cristão, comemorei-o. No ano retrasado também. Na verdade, sempre comemorei o Natal. Porém, fazia tempo que eu não ouvia este tilintar de sinos. Sinos a anunciar o nascimento do Menino Jesus.

Nos últimos anos, tenho celebrado o Natal com felicidade, mas sem deixar-me envolver pelo mistério, privando-me de provar a alegria que precede esta solene festa. Tão gostoso quanto ver a pessoa amada chegar é ouvir uma voz a dizer que a pessoa amada está chegando. Tão saboroso como o Natal é o clima que o antecede. Como consegui, nestes últimos anos, somente esperar chegar a data sem saborear o tempo que a ela antecede?

Pobre de mim que, por muito tempo, tinha os ouvidos tapados para o anúncio da festa e os olhos fechados para a alegria da prepação.

Que bom saber que ainda posso escutar o tilintar dos sinos, mesmo que de leve.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Tinha um político no meio do caminho...

Estive pensando ultimamente: Copa de 2014, Olimpíadas de 2016... pensei em coisas boas, evidentemente. Mas também pensei em coisas ruins. Uma das coisas ruins por mim pensada foi que estes dois grandes eventos esportivos vão enriquecer poucos com o dinheiro de muitos. O tijolo de R$ 2,00 custará na nota fiscal R$ 10,00. Isto para que o fornecedor dos tijolos ganhe R$ 4,00 e o larápio engravatado ganhe R$ 6,00.

Eu não me importaria em pagar um valor absurdo em impostos, desde que tivéssemos saúde e educação pública de qualidade. Mas o dinheiro da arrecadação sempre passa antes pelos oportunistas. Para o povo: as migalhas.

Esta situação fez-me refletir em forma de verso (cuja estrutura muitos já conhecem,rs). Eis que partilho com vocês estes versos indignados:

No meio do caminho tinha um político
Tinha um político no meio do caminho
Como eu gostaria que no meio do caminho tivesse uma pedra,
Pois esta não desvia a verba.

A pedra, por sorte, não tem o coração de um político,
Mas o povo, por azar, tem políticos com o coração de pedra.
Ter no poder humanos honestos... quem nos dera!
Mas estes desviam dos impostos a verba, eis o nosso suplício.

Deus: dai-nos uma pedra no meio do caminho,
Porém, tirai de nossa estrada o verdadeiro mal,
que é o político dinheirista e boçal,
o verdadeiro estorvo, a barreira fatal.

No meio do caminho tinha um político
Tinha um político no meio do caminho

domingo, 11 de outubro de 2009

O Amor não Envelhece!

Hoje presenciei uma cena muito bonita: a comemoração de um casal que chegou aos 50 anos de matrimônio. E isto me fez pensar sobre muitas coisas.

A nossa sociedade tem aversão ao compromisso e, dentre os compromissos, aversão ao matrimônio. As pessoas olham para o casamento como se ele fosse uma prisão e não uma realização. Vitimadas pelo egoísmo, as pessoas esquecem o dom que é o outro e a alegria de estar com o outro.

Estou em vias de casar-me e percebo o risco que é perder os gestos de amor para com a pessoa amada. Por que esquecer-se do olhar que nos prendeu, do sorriso que nos cativou e de nossa respiração acelerada somente em ouvir o nome de nosso amor? Como somos capazes de esquecer-nos dos passeios de mãos dadas, dos sorvetes tomados nas tardes quentes e do abraço no momento que precisávamos de carinho?

Aos poucos, vamos correndo o risco de lembrarmos mais da "cara feia" do outro, ao invés de lembrarmos de seu sorriso. Devagar e perigosamente vamos fazendo cada vez mais "cara feia" e, consequentemente, vamos sorrindo menos. Acabamos nos tornando um "limão" para a pessoa amada.

O amor não envelhece, mas pode morrer se com ele formos desleixados.

Amar. Sorrir. Suportar. Abraçar. Chorar. Gargalhar. Divertir-se. Perdoar. Juntos caminhar. Comemorar. Firme manter-se. Considerar. Reconsiderar. Sempre e sempre amar.

O amor passa pelo caminho das rosas e dos espinhos: depois de anos ele está rasgado, mas perfumado. Sangrado, porém, Sagrado.

Que eu, junto ao meu grande amor, possa um dia lá chegar, olhar para os 50 anos que se passaram e junto a ela poder dizer: "Chegamos e juntos estamos. Amém. Assim é!"

O amor não envelhece!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O que oferecer às crianças?

Crianças. Dia das Crianças chegando aí.

Esta data é querida não somente pelas crianças, mas também por boa parte do varejo. Mas, caríssimo leitor, aqui não falarei do consumismo, do Capitalismo que busca oportunidades de expandir-se, etc... se você pode gastar e comprar presentes para uma criança, compre. Ela ficará feliz. Pense muito sobre o que você pode comprar. Se você consegue racionalizar sua compra, você é um consumidor. Se você não consegue racionalizar e sai comprando descontroladamente, você é um consumista. Quanto a este assunto, fim de papo.

O que quero proporcionar nesta postagem é a reflexão sobre o que podemos oferecer às crianças, além dos presentes. Presentes são legais, mas não são tudo.

Acredito que uma das muitas coisas que podemos oferecer às crianças é o respeito de nossa parte. Pode até parecer engraçado, pois nós adultos exigimos que as crianças nos respeitem, como se a quantidade de anos que temos nos fizessem mais humanos do que elas, a ponto de exigirmos o respeito, mas, em contrapartida, não sermos generosos para com elas neste aspecto.

Não estou dizendo que não devemos ensinar as crianças a respeitar os mais velhos. Aliás, esta é uma de nossas obrigações.

Sendo assim, vejo duas maneiras eficazes de ensinar às crianças a ter respeito não só pelos adultos, mas por todos os seres humanos, independentemente da idade:

1. Respeitar o estágio de desenvolvimento no qual a criança está, pois a criança não é um "mini-adulto" e não pode ser cobrada como um adulto. Lembre-se também: o adulto não é um ser humano completo, que já não precisa de desenvolvimento (disso falarei em uma outra postagem).

2. Ensinar pelo exemplo: como os responsáveis por uma criança podem querer ensinar o respeito se eles mesmos agem de maneira desrespeitosa? O pai chama a mãe da criança de "burra" e a mãe chama o seu esposo de "vagabundo" e "imprestável"... péssimo exemplo. Por isso, cuidemos de nosso palavreado e de nosso comportamento.

O recado era para oferecer respeito às crianças. Pegue todos os sentimentos bons que você tem no coração e os entregue para as crianças. Elas te retribuirão proporcionando um mundo melhor agora, como crianças bem estruturadas e que não causam problemas; elas te retribuirão no futuro, como adultos bem constituidos.

Até a próximas postagem.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

"Basicofobia"

Uma amiga vira para outra e, referindo-se a uma terceira pessoa, diz: "Nossa, como ela está básica!"

Um colega vai ensinar algo para o outro e solta essa: "Cara, não se preocupe. Isto aqui é só o básico!"

Tudo bem que a palavra vai ganhando significações distintas ao longo do tempo, mas quero resgatar um pouco sobre a ideia de que fazer o "básico" é, de fato, formar as bases.

Imagine você no vigésimo quinto andar de um prédio e, de lá de cima, você fica sabendo que, quando aquele edifício foi construído, o engenheiro deu a seguinte ordem para o Mestre de Obras e para sua equipe: "Pessoal, não se preocupem em fazer uma base sólida, pois ninguém a verá mesmo! Isto é só o básico! Vamos nos preocupar com a parte de cima, onde todos poderão contemplar o nosso trabalho!"

O básico é o essencial. Tirando a essência, as coisas deixam de ser o que são. Tirando o básico, removendo as bases, tudo desmorona, tudo vira pó, tudo vira nada, pois não há fundamento para sustentar coisa alguma.

Porém, no mundo rebuscado e incrementado de hoje é quase um pecado dizer que algo é "básico". Na esfera corporativa, onde o cafezinho é coffe-break o a levantamento de ideias é brainstorming, o medo de dizer "básico" aparece principalmente quando esta palavra torna-se um adjetivo para descrever um trabalho que realizamos. Em nossa linguagem fica impressa a "basicofobia" que existe em nossas esferas de convívio.

Não tenhamos o medo de realizar o básico, pois como refletimos, sem o básico nada há e nada é.

Contudo, lembremo-nos sempre: quanto mais forte e bem trabalhada é a base, maior é o peso que espera-se colocar sobre ela.

Façamos o básico, lembrando que o motivo que temos para fazê-lo é que ele sustentará coisas grandiosas.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Acontecer

Tudo que acontece antecede o acontecer
A realização não é potência e sim ação realizada
A regra está escrita, mas só vale se assinada
Assine: senão o que era ente vira nada.

O Casamento de Romeu e Romeu.

Está armado o antro da pederastia paulistana.

Esqueça as baladas GLS, GLBT, ou das outras siglas doidas adotadas pelo movimento gay: dois de meus colegas de trabalho unirão as escovas de dentes e morarão juntos em uma humilde, mas colorida residência.

E é lá, onde tremula a bandeira do arco-íris, que rondam os comentários dos maliciosos colegas.

Brincadeiras à parte, a situação deve ser esclarecida. Estes dois colegas precisavam alugar um imóvel e como o preço do aluguel em São Paulo é um baita absurdo, ambos decidiram rachar os gastos de habitação.

Claro que o episódio virou motivo de piada: "Quem é a mulher da relação?", "Vão pedir a benção do chefe?"... e ainda outros comentários divertidamente infames sobre a situação.

Contudo, as piadas disparadas em público virariam cochichos de corredor se, de fato, ambos fossem estabelecer, digamos, uma união estável.



Pois é: para os ativistas do movimento gay o homossexualismo é um assunto totalmente normal a ser tratado. Já para o humorista, o homossexual é uma bichona! A cena da coabitação destes colegas seria ótima para montar um filme: O Casamento de Romeu e Romeu.

Mas enfim: estes meus colegas são héteros (pelo menos afirmam isto de pés juntos) e só querem um lugar legal para morar, que não seja destrutivo para o bolso e para que possam ter um local para descansar das tensões do dia-a-dia.

Parabéns a eles que conseguiram o imóvel. O difícil agora é conseguir livrar-se das piadinhas nos próximos meses.

DICA IMPORTANTE PARA OS COLEGAS: Quando mudarem-se para a nova casa, cuidado com o sonambulismo

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Texto sem molho...

Um grande amigo olhou para os textos deste blog e disse: "Você escreve bem, mas falta... como eu posso dizer... falta um molho!"

Fiquei totalmente inquieto.

Recordei-me de meu pai.

Desculpe-me, meu caro pai, mas quando meu amigo disse que os meus textos eram "sem molho", lembrei-me daquele macarrão branquelo que o senhor faz quando a mãe viaja: o macarrão é feito nas melhores das intenções, é bom para matar a fome, mas não tem gosto, já que não tem o molho para dar gosto.

Pois é: produzo textos bons, porém insossos. Os meus textos tentam reproduzir a minha objetividade e a minha subjetividade. Meu Deus: eu sou insosso? Não dou sabor à vida das pessoas?

Da mesma forma que a minha aparência não é o meu "eu", também os meus textos não representam quem sou na totalidade.

Sendo assim, o texto é uma deformação de meus pensamentos, pois não tenho a elegância do Machado de Assis ou o raciocínio e a disciplina de Kant, mas sei que tenho inúmeras na cabeça. Por isso, aperfeiçoar-se é preciso e para isso a crítica é fundamental.

Obrigado, grande amigo Luciano, por avisar a este gourmet de textos que a refeição está sem molho. Só assim os meus "pratos" podem ter mais sabor.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Poesia para Otelo e Desdêmona

Otelo, porque matastes Desdêmona, tua doce amada?
Jovem Desdêmona, nem tu, nem eu, nem ninguém poderia pensar
Que Otelo, meu amigo, possuído de uma alma enciumada
Contra ti avançaria para tua vida ceifar.

Otelo, eras um fanfarrão e, quando querias, sabias ser desdenhador.
Mas não pensávamos nós, teus amigos, que eras capaz
Capaz de assassinar e de se assassinar. Que dor.
Porque tiraste nossa alegria, nossa paz?

Morrestes achando que amava.
Matastes pensando que era amor.
Dominado pelo egoísmo da paixão,
nos fez ver que não te conhecíamos como deveríamos
e, por tua atitude, demonstrou que não conhecias o amor.

Descansem em paz.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Carta sem preconceitos

Uma carta sem preconceitos.

"Estou aqui para te dizer de maneira singela: quero você.

E quero deixar o jogo bem claro:

Não me importa se você é menino ou menina. Não tenho preconceitos: o que eu tenho é o desejo de ter você sempre comigo. O que me importa, de verdade, é que seja você.

Dentro de alguns dias irei me apresentar a você. Desculpe-me se agora, no início, chego com muita timidez. Vou apresentar-me através de uma pessoa com a qual você tem muita amizade. Essa pessoa é "firmeza" contigo e comigo. Por isso confio nela inteiramente, e o melhor: sei que você também confia.

Esta pessoa "firmeza" que me apresentará, disse-me que te conhece bem e, por isso, vai me apresentar no momento certo. Isto é muito importante, pois talvez possamos ser apresentados formalmente quando você estiver triste, precisando de mim para sentir-se alegre. Você estará em um grande vazio e verá que eu posso suprir tua carência. Ou ainda: você pode estar com sua popularidade "em baixa" no meio da galera. Mas relaxe: sou super popular e se estiveres comigo (que emoção) serás bem aceita por todo mundo da turma.

Não estranhe se a nossa pessoa de confiança chegar dizendo que eu só quero ficar. É que eu gosto de agir de maneira sutil. Tenho certeza: você ficará comigo dizendo que é sem compromisso e, quando menos esperar, já verá que não pode viver sem mim.

Você será capaz de morrer e de matar só por minha causa. Atuo de maneira possessiva: quero-te só para mim.

Seu pai, sua mãe, seus irmãos e alguns de seus amigos irão chorar e dizer que eu te destruo, que te conduzo a perdição. Mas será puro preconceito da parte deles. Serão tão preconceituosos que falarão que eu sou uma Droga. Você ficará com desconfiança de nosso relacionamento e tentará se afastar. Aí vai perceber que, no início de nossa relação, você me usava, mas que agora eu te uso da maneira que quiser.

Mas termino esta carta dizendo: Se um dia ela for publicada na Internet, com certeza será a obra de alguém que me odeia, pois eu jamais revelaria detalhes de nossa intimidade, ok? Digo isto porque a carta pode extraviar-se e parar nas mãos de pessoas que me odeiam: elas poderiam agir de maneira sarcástica comigo, ou fazer sei lá mais o que...

Estou esperando ansiosamente o nosso encontro. Sem preconceitos.

Ass: Ertom Aus Oreuq."

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Prosa para Simone

Amanhã fará 5 anos que tenho a honra de ter uma mulher inteligente, cheirosa e muito bonita ao meu lado: o nome desta dádiva de Deus é Simone.

Não... para escrever a Simone não é a minha musa inspiradora. Ela é minha musa do dia-a-dia. Musa com quem quero passar todos os meus dias. Como ter inspiração para falar de uma pessoa onde a convivência e o amor esbarram-se na barreira do inefável?

Como exprimir em versos esta bela prosa que vivo a 5 anos com a Simone? Ah, isto não há. Amo prosear e amo estar com a Simone.

E quero ficar 10, 20. 30, 50 anos com esta linda jovem. Os grãos de areia passarão pela ampulheta, nossos cabelos ficarão brancos... mesmo que por baixo da tinta, rs. Mas o amor não sairá do coração e brilho dos olhos não desaparecerá.

Te amo Simone! Sempre vou te amar! Se um bom presente não posso te dar, escrevo, coisa que amo fazer, para assim te homenagear e dizer que sem você eu não vivo.

Parabéns para nós!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

"Micropostagem" em homenagem a Vida.

5, 4, 3, 2, 1... Esta é contagem que os pessimistas fazem de suas vidas.
1, 2, 3, 4, 5... É a contagem das pessoas normais...
Qu3 4l3gri4 viv3r o hoj3!... É o clamor de quem vive a vida!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Louco, mês do cachorro agosto.

Nasci neste lindo dia chamado Agosto, no mês de 1981 e não gosto que falem que o louco é o mês do cachorro agosto. Só chinês gosta de cachorro "à gosto". De cachorro "tira gosto".

Lembro-me perfeitamente de como nasci bonito, cheiroso, charmoso, inteligente, simpático, célere, nobre, incólume, talentoso e, por último mas não menos importante, modesto.

Eu nasci usando um "macacãozinho" azul, mas não era um azul piscina: era um azul mas parecido com o azul da manga, entende? Se não entende, acho que o mês de hoje começou a afetar suas glândulas tifóides. Vai se tratar desta loucura do não entendimento, pois é para isto que existe o proctologista.

!omsem oirés odnalaF... Ops... Falando sério mesmo: não culpe o mês de agosto se algo acontecer de errado neste período. Por exemplo: se você esqueceu a carteira em casa, não é mau agouro... é falta de atenção mesmo.

Um bom mês de agosto a todos nós!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Dependentes.

Cada dia eu me decepciono mais com a imprensa. A imprensa nos "vomita" informação a todo instante. Informação transgênica, fatos envoltos em ideologia dominante.

Quando eu era um pouco mais novo, caía no mal de achar que ter informação era ter conhecimento. E confiava na imprensa, nos "incólumes" e "imaculados" jornalistas e editores.

Mas o tempo é bom mestre e, sendo assim, aprendi ser mais crítico. Mas agora não estou mais preocupado com a imprensa, pois a Internet é o melhor meio de combater os manipuladores de fatos. Alguns jornalistas e, principlamente, alguns donos de jornais, odeiam a Internet.

Por exemplo: Alguns odeiam o Twitter, pois celebridades e presidentes de clubes de futebol soltam a notícia já "quentinha", sem a via "imprensa" e aí fica mais difícil de maninular os fatos.

Não somos mais tão dependentes dos jornalistas no quesito "ter informações".

Mas mudando o assunto de pato para ganso:

Hoje eu me senti totalmente dependente de outro tipo de coisa. Disto "aí ó":



Do transporte público.

O trem parou devido a falta de energia elétrica, prejudicando os distintos cidadãos que voltavam exaustos para suas residências.

Se o seu marido chegou em casa mais tarde hoje, dê-lhe um desconto (isto se, evidentemente, ele passa pela estação Barra Funda e pega o trem sentido Itapevi). Senão, pode descer o rolo de macarrão na cabeça do danado.

Como nós, pobres que pegam o trem, dependemos do transporte público. E, como quem é casado, depende da expressão facial de sua cara-metade para poder sentir-se bem... ou mal.

domingo, 2 de agosto de 2009

Pois é...

Pois é... tanta coisa aconteceu desde a última postagem.

O Michael Jackson morreu, o Felipe Massa se acidentou, o Ronaldo quebrou a mão e fez uma "lipo" e mais outras coisas que a imprensa fica ruminando. Pois é... virou moda no jornalismo ficar reinventando a roda.

Enquanto eu era bombardeado por tantas notícias, me preocupava com o que, pelo menos para mim, era de fato importante: entregar minhas metas no trabalho, tentar dar mais atenção para minha noiva e para minha família, buscar uma nota salvadora na faculdade...

As coisas de mais importância parecem não estar muito longe de nossas mãos. Queiramos ou não, o que é de fato importante sempre queremos ter por perto. O resto é desejo... que quando concretizar-se, passará a ser realmente (e não virtualmente) importante.

Você tem pelo menos uma vaga idéia do que fará amanhã? Que bom.
Tem alguma idéia de onde está o corpo do Michael Jackson? Pois é...

sábado, 27 de junho de 2009

Eu nunca gostei de cebola!

"Nossa, bife acebolado! Adoro bife acebolado!" - diz alguém próximo a mim. Dou um sorriso do tipo "que bom que você gosta."

O fato é que por mais que existam receitas e mais receitas que levam cebola, eu nunca me dei bem com este vegetal que faz as pessoas chorarem enquanto é cortado.

Certa vez, já adulto, tentei comer cebola. Pensei comigo: "Este lance de não comer cebola é frescura de minha parte. Como de tudo! Por que não como cebola?". Estava em um restaurante e pedi um prato que era acompanhado de uma boa quantidade deste vegetalzinho indigesto. Quase vomitei... e desisti.

Depois pensei comigo o porque de se insistir sendo que eu nunca gostei de cebola. Por que insistir em algo que vai contra a nossa natureza (e gosto) se nunca gostamos dela? Queremos agradar a quem? Não pretendo responder... somente fico com esta pergunta na cabeça...

Só sei que uma certa vez, no período da juventude, estava na casa de uma moça que eu gostava. A mãe dela vez uma bela de uma sopa bem quentinha. Eu estava quase na metade sopa e quis agradar a mãe da meninha. Sendo assim disse: "Nossa, a sopa está muito boa!". A menina, sabendo que eu não gostava de cebola, disse-me: "É sopa de cebola!". Ela começou a rir e eu também (mas eu ria de nervoso). Fora enganado. Com um pensamento rápido, eu disse: "Mas mesmo assim a sopa está boa!" E continuei comendo... mas por que, se eu nunca gostei de cebola?

sexta-feira, 8 de maio de 2009

XXI Mandamento: “Não abrirás o Ovo do Chefe!”

“O Senhor Deus tomou o homem e colocou-o no jardim do Éden para cultivá-lo e guardá-lo. Deu-lhe este preceito: “Podes comer do fruto de todas as árvores do jardim; mas não comas do fruto da árvore da ciência do bem e do mal; porque no dia em que dele comeres, morrerás indubitavelmente.” (Grifo meu. Fonte: Genêsis 2, 16-17).

"Os tabus da linguagem dividem-se em três grupos de acordo com a sua motivação psicológica: uns são devido ao medo, outros a um sentimento de delicadeza e outros ainda a um sentido de decência e decoro."
(Grifos meus. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tabu).

Ao ler o título você, caro leitor, pode pensar que estou falando de alguma técnica cirúrgica aplicada ao vosso superior hierárquico. Sinto muito se o decepciono, mas a postagem não é sobre isto. Então, vamos ao assunto desta postagem:


Páscoa. Em uma empresa com sede na capital paulista, o Departamento de RH estava movimentado (algumas pessoas mais, outras menos) com o “amigo chocolate”.

Depois da troca de ovos, eis que surge, imponente sobre a mesa do Diretor de RH, o seu “tão estimado” Ovo de Páscoa. Luz entre todos os outros ovos. O ovo superior entre todos os outros ovos.

Os gestores e especialistas mais próximos ao Diretor olharam para o Ovo. Alguns deles já estavam acostumados a cometer um 155 com as balinhas finas que o diretor deixava sobre a mesa. Outros já tinham atitudes mais despudoradas e suprimiam as ditas balinhas na presença do Big Boss. Mas algo contra o Ovo de Páscoa seria audácia demais.

Eis então que, para surpresa de “quase” todos, alguém (ou alguns?) com 50% de ousadia sequestrou o Ovo. Não somente sequestrou, como pediu resgate. Um pequeno pedaço da embalagem foi deixado sobre a mesa do chefe: foi a última tentativa desesperada do(s) sequestrador(es).

Então, demonstrando fraqueza para lidar com a situação, o sequestrador devolvel o Ovo totalmente ileso. Agora eu penso: um sequestrador de Ovo mandar um pedacinho da embalagem para tentar fazer chantagem demonstra muita falta de autoridade. É a mesma coisa que o sequestrador de uma pessoa enviar uma mecha do cabelo da vítima para a família. Se o sequestrador quisesse chantagear, deveria usar um dos bombons que estavam dentro do Ovo.

Ovo devolvido, Ovo posto sobre a mesa do Chefe. Eis que o Ovo passou um mês sobre aquele espaço "magno" da mesa. Ele, o Diretor, não o levava para a casa, não mencionava que iria abrí-lo e nem que iria dá-lo de presente a alguém. Sobe o olhar de cobiça de muitas pessoas do Departamento de RH, lá estava ele: O Ovo.

Contudo, ninguém percebeu que o Diretor ansiava para ver quem seria o primeiro a abrir aquele Ovo. Era lógico que ele queria isto: A Páscoa havia passado, ele ia embora e deixava o Ovo abandonado, falava para alguns gerentes que o bendito do Ovo poderia ser aberto... mas o Ovo lá estava, ainda sobre a mesa, incólume.

Até que o caro Diretor resolveu dizer que todos estavam com nota “0” em atitude. Com todas as evidências que ele deixou que o Ovo poderia ser aberto, ninguém teve a audácia de abrí-lo. Porém, dito isto, uma analista resolveu abrir o Ovo e distribuí-lo para a equipe. A-LE-LU-IA!


O Diretor queria que quebrássemos um paradigma, mas o tabu era o muro que impedia esta quebra. Acredito que muitos pensavam: “Ele é amigável, acessível... mas é o chefe. Não posso fazer isto!”.

Internamente, cada um repetia para si uma mandamento considerado valioso: “Não abrirás o Ovo do Chefe!”

Alguns por medo da reação do Diretor, outros por criação, devido ao fato de terem pais que sempre fizeram cara feia quando eles mexiam nas coisas que não lhes pertenciam: ninguém teve a coragem de abrir um ovo que estava prestes a entrar em estado fóssil.


Digno de reflexão: por medo ou pela criação, quantas vezes nos deparamos com situações onde é evidente que determinada atitude deve ser tomada, mas não conseguimos agir? Receiamos receber uma punição por fazer aquilo que é evidentemente necessário?

Pense sobre isto. Eu também estou pensando.

Bom fim de semana.

terça-feira, 10 de março de 2009

Dia após dia!

Nascer do sol, pôr do sol...
Nascer do sol, pôr do sol...
Nascer do sol, pôr do sol...
Nascer do sol, pôr do sol...

Os dias vão passando e a minha vida com eles, os dias vão passando e a minha vida por eles.

Vida e dias: que mistura misteriosa.

Em alguns dias há sorrisos, em outros há lágrimas, mas em todos há vida.

Por mais que o cotidiano nos canse com sua previsibilidade, deixemos nos encantar pelas peculariedades de cada dia.

Terminemos o nosso dia pensando; "Por hoje eu venci! Venci este dia!"
E ao começarmos o dia, pensemos: "Venci este noite!"

E assim veremos que conquistamos muitas vitórias durante o ano.

E viva a vida!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Memórias


"A vantagem de uma memória ruim é poder fruir as mesmas coisas boas várias vezes pela primeira vez"
(Friedrich Nietzsche - Humano, Demasiado Humano, §580)

"A desvantagem de uma memória boa é poder amargar várias vezes as más experiências provocadas pela condição humana"
(Everton Oliveira)

Às vezes eu gostaria de perder parte de minhas memórias.
Quem gosta de lembrar-se de momentos de tristeza? Qual é o cristão que gosta de lembrar-se de seus momentos de fraqueza, de ter desagradado a Deus com o seu pecado?

Quem, com sua formação cristã que o impele a amar o próximo, consegue lembrar-se das vezes que caluniou, difamou, ofendeu e ultrajou seu próximo?

Qual o ser humano, feito réu perante o Altíssimo, quer lembrar-se dos momentos em que julgou o seu irmão com furor.

Ó Deus, Pai da Infinita Misericórdia, quem me deu o direito de "chutar" o meu semelhante na lama de seu pecado ao invés de estender-lhe a mão?

Visitai, ó Santo Deus, esta humanidade que precisa de Ti.

Obrigado Senhor, quando nossa memória é boa o suficiente para lembrar as provas de Teu Amor e de Tua Misericórdia. Que as memórias desagradáveis nos sirvam como lição para não cometermos novos erros.

Resgatai-me e serei teu.